sábado, 12 de outubro de 2013

Mestrado - a única opção?

Fico preocupada quando vejo o mestrado ser apontado como o único caminho para um estudante de graduação, ou como "o melhor". Não tenho certeza, preciso ler mais sobre isto, mas entendo que um estudante de mestrado deve ter um perfil acadêmico, voltado para a pesquisa (e ensino, nas atuais circunstâncias). Para aqueles que não têm este perfil e querem prosseguir nos estudos existe, por exemplo, o mestrado profissional (acho a ideia incrível!), especializações, cursos de atualização, certificações, etc.

"Obrigar" todos a terem um mestrado é como "obrigar" que todos tenham uma graduação. Poderíamos estar mais bem-servidos de profissionais se houvesse maior incentivo aos cursos técnicos. Já vi anúncios de emprego exigindo graduação em Administração quando a função envolvia tarefas como produção de relatórios, acompanhamento de folha de pagamento, etc. É necessário um curso de 4 anos para capacitar alguém para isso?

Li uma queixa de um professor há algum tempo, não lembro onde, sobre a inadequação do perfil dos mestrandos - ele falava algo sobre pessoas sem qualquer vocação para pesquisa, mas que queriam estar no curso. Não seria este o reflexo desta "exigência" um tanto descabida?

E enquanto escrevo isto, vem uma série de perguntas: "O perfil que tracei - sustentado pelos pais, sem amarras, etc - realmente corresponde ao perfil dos mestrandos?", "O mercado está realmente exigindo mestrado, ou estou extrapolando?", "Há problemas na seleção dos mestrandos?", "Como analisar o perfil de um candidato, e defini-lo como 'suficientemente acadêmico'?", "A entrada de mestrandos 'sem perfil' não poderia trazer benefícios também?"

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