terça-feira, 14 de outubro de 2014

Congressos acadêmicos, dificuldades e possíveis soluções

Publicar trabalhos em congressos parece ter se tornado algo menor, ultimamente: a atenção está mais voltada aos periódicos. Emplacar um artigo num "journal" pontua mais em processos seletivos...

Uma das razões que ouvi para esta desvalorização é a de que viajar para congressos é caro, então pessoas com menor condição financeira (bolsistas!!!) fatalmente perdem oportunidades de publicação por não conseguirem arcar com as despesas da viagem.

Achei válido o argumento.

No entanto, ir para eventos significa conhecer pessoas, trocar ideias e explorar novos lugares. Então, em vez de simplesmente relegar isto a segundo plano, poderíamos pensar estratégias para democratizar o acesso.

Para começar, acho que todo evento acadêmico deveria estar no Facebook, e ao se inscrever, você deveria ser convidado a curtir a página. O simples fato de poder ver uma lista das pessoas que estarão no evento já é uma porta aberta para lançar um tópico despretensioso, como "Alguém de RJ(AL/SP/RR...)?". E aí sempre há uma resposta que pode render alguém pra dividir táxi, hospedagem, ou ao menos fazer companhia nas refeições.

Fiz isto no CNEG: havia uma página bem modesta no Face, e lá uma pergunta "Alguém do Sul?". Respondi: "Tem do Nordeste: serve?". Então comecei um bate-papo com a Larissa, que virou companheira de viagem.

Agora vou para o Enangrad. Como não conheço Belo Horizonte, fui em busca da minha primeira opção de hospedagem: a rede Ibis Budget. Os quartos são pequenos, mas confortáveis e limpos. Penso neles como o equivalente hoteleiro do McDonalds: nada de mais, exceto a garantia de padronização em qualquer lugar. A diária fica em torno de R$ 130,00. Este preço é único, mas o quarto acomoda até 3 pessoas.

E aí vem o que me chateia: não conheço ninguém que vai para o Enangrad. Vou pagar por um quarto que poderia, em tese, ser dividido com alguém de confiança, reduzindo os custos.

E há uma alternativa ainda mais interessante: o CouchSurfing. Fico surpresa em ver quantos não conhecem este serviço. Basicamente, é o seguinte: pessoas oferecem quartos, ou até casas/apartamentos completos, para hospedar. Sem custos. Só pelo prazer e satisfação de receber e conhecer gente.

Se utilizássemos o serviço, ou até criássemos um equivalente para os acadêmicos, não seria uma facilidade?

Quanto às passagens aéreas, não conheço muitas opções além de juntar pontos nos cartões de crédito e trocar por milhas (vale usar de pai, mãe, tio, irmão mais velho, etc...). Nosso país de dimensões continentais realmente dificulta um pouco as coisas. Fica uma sugestão: em vez de a organização dos eventos fazer parcerias apenas com hotéis (normalmente os mais caros), não seria possível alguma iniciativa com as companhias aéreas?

Em tempo - para mim, estes sites são velhos conhecidos, mas sempre tem alguém que começou a viajar agora e não conhece:

  • Booking: uso só para procurar hospedagem, mas ele também indica pontos turísticos, museus, restaurantes, etc;
  • Airbnb: semelhante ao Couchsurfing, mas aqui há valores envolvidos. Pessoas físicas alugam quartos, apartamentos e casas diretamente aos hóspedes. Acho interessante para grupos de 3 ou mais pessoas. Fiquei num flat alugado por lá durante o Rock in Rio 2013 e saiu muito mais barato que pagar diária em hotel.
  • TripAdvisor: é o melhor amigo dos viajantes. Traz avaliações reais e atualizadas de hotéis, pontos turísticos, restaurantes, etc. É possível comparar preços de hospedagem em vários sites ao mesmo tempo.  

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