O ano inteiro girou em torno da seleção: as viagens que fiz foram para apresentar artigos, os gastos foram cortados para montar a reserva financeira, não comprei um único livro de literatura. Mas de metodologia científica, já tenho cinco.
É hora de fazer um resumo de como foi a caminhada.
É claro que esta minha jornada é mais complexa do que aquela vivenciada pela maioria dos mestrandos país afora. Vejo que a maioria dos meus futuros colegas são concluintes da graduação em Administração, ou recém-formados. Estagiavam ou participavam de projetos de iniciação científica. Estão abaixo dos 25 anos. As coisas são mais simples.
Então escrevo para relembrar - e talvez para inspirar quem não se enquadra no perfil típico do mestrando (mas tem paixão pela academia).
Para mim, tudo começou com a escolha da instituição. Eu já sabia que queria o mestrado em Administração (mais detalhes), então comecei a buscar os programas disponíveis no Nordeste. Infelizmente, me afastar muito de casa não era uma opção: o que é suficiente para sobreviver em Recife não me sustenta em São Paulo. Muito menos em Porto Alegre.
As opções mais próximas eram UFAL, UFPE, UFES e UFPB. Na UFAL não há programas em Administração - foi aberto um este ano, na área de Gestão Pública. O programa da UFES está iniciando, "apadrinhado" pela UFPE. Fui ao site da UFPB, e não me identifiquei com nenhuma das linhas que lá estavam (há algumas semanas descobri que eles têm grupos que me interessam - o site está desatualizado). Então, fiquei com a UFPE.
Ajudou o fato de dois professores meus da época da graduação terem concluído o doutorado lá: pude conhecer mais das linhas de pesquisa e das pessoas antes mesmo de colocar os pés na Universidade, numa conversa em março/2013.
Quando você for escolher a instituição é importante analisar uma série de fatores: linhas de pesquisa, orientadores, a quantidade de vagas/bolsas, estrutura física, possibilidades de intercâmbio, conceito CAPES, localização, conhecer pessoas que estão (ou passaram por) lá. Escolha com cuidado: é nela que você vai passar anos da sua vida. Além de ficar no seu currículo.
Pensa em se candidatar para 2 ou mais instituições? Eu te desejo boa sorte! Entendo que concorrer a processos seletivos diferentes implica adaptar projetos de pesquisa, conhecer mais professores, estudar para provas diversas, etc. Em resumo, exige ainda mais tempo e dedicação. Se você tem ambos, vá em frente!
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