domingo, 9 de março de 2014

"Obter nota alta no ANPAD" - ok

Fiquei ausente do blog, da família, dos shows gratuitos em Maceió e da cozinha. Mas valeu a pena: consegui pontuação acima de 500,00 pontos na edição de fevereiro do ANPAD, então, não devo repetí-lo nos próximos 2 anos. Viva! =)


Para quem não sabe o que é ANPAD, explico rapidamente: ele é como o ENEM. Por si só a nota não significa nada. Mas ela é um dos critérios na seleção da maioria dos programas de mestrado e doutorado em Administração (normalmente, a primeira etapa da seleção).

O exame acontece em 3 edições a cada ano: fevereiro, junho e setembro. Abrange cinco disciplinas: Português, Inglês, Raciocínio Lógico, Raciocínio Quantitativo e Raciocínio Analítico. Você pode fazer o teste quantas vezes quiser (pagando a taxa de inscrição a cada vez, óbvio).

Eu já estudo para concursos há algum tempo, embora tenha me afastado um pouco (no ano passado só fiz o do Banco Central). Então, sempre acontece alguma transferência de conhecimento. Só que o ANPAD é diferente.

Explico: na prova de Português, em vez de responder perguntas de análise sintática e morfológica ou ortografia, o que temos são questões mais voltadas à interpretação. O examinador coloca um trecho do texto, e questiona qual alternativa tem o mesmo significado do trecho mencionado. Ou o contrário: qual frase tem sentido oposto, ou alterado em relação ao original.

Raciocínio Quantitativo é basicamente Matemática do Ensino Médio com um pouco de Estatística. Se você foi um bom aluno, bastará relembrar as fórmulas e conceitos, resolvendo questões. Se você não foi, vale a pena se dedicar e aprender o conteúdo. É, eu sei que é extenso, mas não se preocupe em se tornar expert em todos. Nesta edição que fiz, apenas dominando equações do 1º e 2º graus, trigonometria, geometria plana, probabilidade e matrizes, já dava para garantir um bom número de acertos.

Para mim, Raciocínio Lógico foi o que mais exigiu. Eu tinha estudado um pouco (pouquinho, um cheiro só) de Lógica na faculdade, então conhecia pelo menos os operadores básicos ("e","ou","ou exclusivo"...). Mas resolvendo dúzias de questões, estudando pelo livro do Jonofon Séracles e por um material do Instituto Integral (disponível aqui), consegui acertar 14 das 17 questões.

Nas provas anteriores de Inglês eu tinha notado uma certa preferência por textos científicos. Havia uma edição em que todos os textos eram  "Abstract" de artigos. Isto me preocupou, já que a linguagem utilizada aí tem vocabulário um pouco diferente do meu habitual. Mas, ao que parece, nesta edição voltaram os artigos de revistas. Então, a única dica é ler muito. Comprei o livro "Ingles - Questões Comentadas", e acho que ajudou.

Finalmente, Raciocínio Analítico. Para este, o caderno de provas resolvidas vendido pela ANPAD foi essencial, porque esta é uma prova que parece simples, mas engana. A questão pergunta qual a conclusão do texto, e nas alternativas há 2 premissas, 2 argumentos e a conclusão. Quem está acostumado apenas com provas de concursos públicos lê na alternativa uma réplica do que está no texto, acha que aquela é a alternativa correta, e erra. No caderno de provas há a justificativa das respostas, então dá para ter noção das "cascas de banana". Para este, a dica é simplesmente resolver muitas e muitas provas.

E onde conseguir provas? Bem, eu comprei o caderno da ANPAD e não me arrependi. Só que ele não tem edições recentes - a mais nova é de 2010. Então, é preciso buscar as edições mais novas na internet. Existem diversos links contendo os arquivos, não é difícil achar.

No mais, se dedicar um pouco a cada dia (ou muito, se você puder), e de preferência, fazer a edição de fevereiro, que historicamente é a menos concorrida.



Nenhum comentário:

Postar um comentário